Atualmente, cidades de todo o planeta adotam os BRTs – Bus Rapid Transit – como solução para a mobilidade urbana, a qualidade de vida e a adoção de relações melhores entre o cidadão e o espaço público.
Há ainda vantagens como a eficiência operacional e o cuidado com o meio ambiente, ao adotar veículos menos poluentes, como elétricos e híbridos.
São 206 cidades no mundo com sistemas de corredores de ônibus, que transportam diariamente 34,5 milhões de pessoas. A maior malha está na América Latina, seguida da Ásia.
Não se trata de apontar esse modal como melhor do que os demais, mas sim de considerar que há sistemas mais apropriados a certas demandas, capacidade de investimento (implantação, tempo de conclusão e custo operacional), projeção de crescimento e impacto urbanístico.
Numa rede de transportes bem estruturada, modais não se excluem. Eles trabalham em conjunto.A escolha dos modais deve levar em conta os custos e quantas pessoas serão beneficiadas.
Corredor de ônibus simples: capacidade de 10 mil a 20 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro inferior a US$ 5 milhõesCorredor de ônibus BRT: capacidade de 15 mil a 30 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro de US$ 15 milhões a US$ 20 milhõesMonotrilho: capacidade de 15 mil a 35 mil passageiros hora/sentido
Custo por quilômetro de US$ 80 milhões a US$ 100 milhões
VLT – Veículo Leve sobre Trilhos: Capacidade de 15 mil a 35 mil passageiros hora/sentido
Custo por quilômetro de US$ 20 milhões a US$ 60 milhões
Metrô Leve: capacidade de 25 mil a 45 mil passageiros hora/sentido
Custo por quilômetro de US$ 40 milhões a US$ 80 milhões
Metrô: capacidade de 60 mil a 80 mil passageiros hora/sentido
Custo por quilômetro de US$ 200 milhões a US$ 300 milhões
Como tudo começou
O BRT nasceu no Brasil, graças ao arquiteto e urbanista, além de prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, em 1974. A ideia era organizar e humanizar a cidade por meio da mobilidade urbana.
É assim até hoje.
No plano de Lerner, o ônibus seria um indutor de crescimento com a liberação de alvarás para os prédios mais altos da cidade justamente ao longo dos eixos. É o que tentou, mais recentemente, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, com o Plano Diretor, em 2016.
Fonte: blog Ônibus Brasil