Pesquisa comprova: paulistano está trocando o carro por ônibus

fonte:Mercedes-Benz

Em pesquisa feita pelo "Ipespe – Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas”, foi constatado um dado animador: os hábitos de transporte do paulistano têm mudado e a migração do carro de passeio para outros modais já é uma realidade na cidade. Essa mudança é reflexo claro de um transporte público que ganhou mais agilidade e qualidade, com ônibus limpos, pontuais, novos e, principalmente, contanto com prioridade no espaço urbano, é natural que mais pessoas considerem o fato de deixar o carro em casa. Com esta decisão todos ganham com a diminuição dos congestionamentos e poluição.

Foram ouvidas um total de 600 pessoas que moram na cidade de São Paulo entre os dias 3 e 4 de julho desse ano. E segundo o levantamento, 6% deste total disseram ter migrado do carro de passeio para outros meios de transporte, sendo que o campeão entre os meios que mais atraem esses novos passageiros é o ônibus, seguido pelo metrô.

A pesquisa encomendada para a terceira edição do guia "Como Viver em São Paulo sem Carro”, revela também que os hábitos de deslocamento quanto à renda estão mudando, mesmo que aos poucos. O antigo estigma "transporte público é só coisa de pobre” tem caído pouco a pouco. Do total de pessoas entrevistadas que declararam deixar o carro em casa, 17% têm renda de um salário-mínimo e 8% possuem renda superior a dez salários-mínimos.

Os transportes coletivos devem ter custo acessível e qualidade suficiente que possam ser interessantes para qualquer tipo de público. Essa é uma realidade já encontrada nos países desenvolvidos e com sistemas de transportes eficientes, onde independente de classe social todos partilham do mesmo espaço no ônibus e metrô. Isso é a concepção de cidade democrática, com o mesmo espaço para todos, e não dividida em nichos.

Outro dado interessante encontrado na pesquisa é que parte da população está se desfazendo do carro. Do total das pessoas que disseram que migraram para o transporte público ou para os meios não motorizados de deslocamento, 30% depois de dois anos da opção decidiram vender os automóveis e literalmente ter uma vida independente do carro. Nenhuma delas se disse arrependida.

Todas essas mudanças e ganhos pra cidade tem relação direta com a criação das faixas exclusivas para ônibus e, mais recentemente, das ciclovias. Sistemas de corredores de ônibus hoje são os que apresentam maior aprovação por parte dos passageiros, como a rede de Curitiba, no Paraná, que passa por processo de modernização, e o Corredor Metropolitano ABD, entre São Mateus, na zona Leste de São Paulo, e Jabaquara, na zona Sul, passando pelos municípios do ABC Paulista. Por várias vezes, de acordo com o ranking de qualidade de transporte da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, a avaliação positiva do Corredor ABD foi superior à do Metrô.

E o importante é que levantamentos como este mostram algo que não era visto há uma década: mudança de comportamento. Por mais que o carro hoje ainda seja símbolo de status, mais pessoas estão conscientes de que o uso do transporte público e do transporte não motorizado são a solução para o problema não só da mobilidade, mas para a melhoria da qualidade de vida, como mostra a percepção do trânsito em relação ao estresse.

Fonte: http://ow.ly/CSG0I

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