A Fresp (Federação das Empresas de Transportes de Passageiro por Fretamento no Estado de São Paulo) tem defendido que o governo estadual crie um programa para estimular o turismo de negócios. Segundo a entidade, apesar do grande potencial do Estado nesse setor, os números ainda são tímidos.
A Fresp propõe que as regras para a circulação de fretados sejam flexibilizadas, citando como exemplo o litoral paulista, onde regras mais brandas permitiriam que os turistas de negócios também fizessem passeios, movimentando outros setores econômicos em fases críticas.
“Empresários anseiam pelo retorno das rotas turísticas rodoviárias, especialmente na baixa estação. Com as agendas livres que esses eventos possibilitam ao término do cronograma oficial, os turistas têm a oportunidade de conhecer a região e realizar gastos consideráveis em todo o comércio, tornando essencial a criação de roteiros turísticos”, afirma a nota elaborada pela entidade.
Dois fatores podem contribuir para o crescimento da infraestrutura em cidades litorâneas: a arrecadação trazida pelas exportações do Porto de Santos e as estimativas sobre o aumento dos royalties do pré-sal. Com isso, deve haver efeitos diretos na realização de eventos empresariais, beneficiando o turismo corporativo.
Dados do estudo “O Impacto Econômico e Social das Feiras de Negócios na Cidade de São Paulo” mostram que, por ano, os eventos movimentam R$ 16 bilhões. Incluindo hospedagem e alimentação, quem participa de feiras e congressos chega a gastar na cidade de São Paulo por ano R$ 4 bilhões. Do total movimentado pelos turistas de negócios, 9,9% se referem aos transportes, sendo que mais de R$ 60 milhões correspondem anualmente a viagens de ônibus. A Fresp busca melhorar ainda mais esses índices.
Fonte: Canal do Ônibus