Um novo estudo, divulgado em meados de setembro pelo Banco Mundial e pelo Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde – IHME, aponta que a poluição custa US$ 225 bilhões por ano em todo o mundo. No Brasil, os prejuízos são de US$ 4,9 bilhões anualmente.
O documento mostra também que a poluição atmosférica já é a quarta causa de morte prematura no mundo, com 2,9 milhões de óbitos apenas em 2013. Aqui no país, 62,2 mil pessoas morreram neste mesmo ano por conta de problemas causados ou agravados pela poluição atmosférica.
A China concentra o maior número de óbitos, 1,6 milhão, seguida pelos Estados Unidos, com 1,4 milhão de vítimas, também em 2013.
Outro viés da publicação dá conta de que doenças causadas pela poluição matam uma em cada dez pessoas no mundo, seis vezes mais do que as causadas pela malária.
Entre essas doenças estão as de pulmão (incluindo câncer), respiratórias e problemas cardiovasculares. Preocupa o fato de que 87% da população mundial está exposta aos poluentes que causam esses males.
Os sistemas de saúde mantidos pelo Estado sofrem impactos, assim como a rede particular. Desse modo, incentivos fiscais voltados à expansão do transporte público e à aquisição de veículos menos poluentes podem fazer com que o dinheiro investido volte aos cofres públicos a partir da redução dos gastos em saúde.
Aliás, os gastos são ainda maiores se forem levados em consideração os custos indiretos. De acordo com cálculos do Banco Mundial, as perdas relacionadas ao bem-estar chegam a US$ 5,1 trilhões.
Isso inclui o fato de as pessoas saírem menos às ruas por estar doentes ou porque as cidades não oferecerem condições para as pessoas passearem livremente e interagirem, com os planejamentos urbanos voltando-se apenas para o tráfego de veículos individuais.