Quem gosta de ônibus, gosta de cuidar, e os conhecimentos sobre gerenciamento hoje são fundamentais. Como os experientes já dizem, na prestação de serviço de transporte de passageiros, geralmente, a empresa não consegue influenciar no preço cobrado dos passageiros, pois, no caso de transporte público é uma decisão dos gestores públicos e, no caso privado, é necessário ser competitivo.
Assim, uma boa gestão de frotas é a melhor forma de garantir bons resultados para sua empresa. É o bom gerenciamento dos ônibus e seus motoristas que vão garantir o menor TCO (total custo de operação), ou, custo por quilômetro rodado, fator fundamental para alcançar a maior rentabilidade.
Vamos mostrar como planejar uma gestão de frota eficiente
Escolha do modelo de ônibus - A gestão começa na escolha dos modelos de ônibus mais adequados para a operação e a rota.
Para a configuração do modelo de ônibus mais adequado, o frotista pode contar com apoio de especialistas das concessionárias, pois são muitas inovações e tecnologias que chegam o tempo todo e estão disponíveis para aumentar a eficiência na gestão da frota.
A tecnologia RKM (módulo de recuperação de energia), por exemplo, é oferecida para os chassis Mercedes-Benz e ajuda no gerenciamento de energia elétrica do ônibus e pode ajudar na redução de consumo de combustível em até 2%, principalmente, em modelos equipados com ar-condicionado e na aplicação urbana, reduzindo assim também, os níveis de emissões.
Outra tecnologia presente nos ônibus Mercedes-Benz é o EIS (desligamento de motor inativo). O EIS tem a missão de evitar um vício bastante comum, o de deixar o motor do ônibus ligado sem necessidade, como na garagem ou em terminais. O sistema é inteligente e somente desliga o motor caso esteja ligado por quatro minutos sem acionamento do acelerador ou do freio de serviço e, por segurança, antes de desligar, são analisadas algumas situações: o freio de estacionamento precisa estar acionado e a transmissão em neutro. Dessa forma, o sistema entende que o ônibus está estacionado e evita desligar o motor em situações, por exemplo, de engarrafamento ou embarque e desembarque de passageiros.
A importância do motorista
A seleção de bons motoristas e o treinamento adequado também vão influenciar no resultado do ônibus. O motorista tem influência direta no consumo de combustível, pneus e demais componentes do veículo, portanto, no custo e redução das necessidades de paradas para abastecimento e manutenção.
Primeiramente, o que é quais são os itens mais importantes para uma gestão de frota, que na prática, é fazer o gerenciamento de tudo que vai influenciar no custo e garantir maior disponibilidade do veículo para alcançar o menor TCO. Lembre-se que veículo parado é só custo, e, rodando a trabalho é geração de faturamento.
Hoje há diversas tecnologias para monitoramento do motorista e dos veículos para saber consumo por condutor, por período e por percurso, além da forma de condução, como acelerações e freadas bruscas, curvas em velocidade acima da indicada, uso do freio, embreagens, ponto morto etc. Com os resultados é possível fazer um ranking de motoristas e, assim, colocar o melhor como referência e treinar os demais para o melhor resultado.
Dessa forma, já se faz a gestão de combustível. É muito importante saber quanto cada veículo consome e ter um referencial e uma meta de economia. Lembre-se que, no caso da gestão de combustível, ela começa deste a compra de uma boa distribuidora ou posto de combustível se for frota pequena, armazenagem e sistemas de abastecimento do ônibus para evitar desperdício.
Manutenção preditiva - é a forma mais moderna e observe que este conceito é diferente da manutenção preventiva, que é a já programada deste quando o veículo é zero quilômetro. O que significa isso? Com uso de novas tecnologias pode-se detectar os possíveis problemas de componentes e sistemas antes mesmo da realização da manutenção preventiva e, isso, é variável pois depende de tipo de uso, quilometragem diária e modo de condução pelo motorista, que são fatores que podem causar desgastes prematuros de componentes. Para isso alguns equipamentos podem auxiliar no diagnóstico exato, como câmeras termográficas, telemetrias, softwares e testes de vibração para verificar componentes que se desgastam antes da expiração dos prazos estipulados pelo fabricante.
Manutenção preventiva - é aquela que consta no manual do veículo, como verificação e troca de fluidos, lubrificantes e componentes como filtros, pastilhas ou sapatas de freio etc.
Manutenção corretiva - é porque não houve a preditiva, preventiva ou houve um incidente no percurso, significando prejuízo certo com a paralisação não planejada do ônibus e, pior, risco de penalidade de órgãos fiscalizadores e do cliente, fora outros aborrecimentos.
Uma forma inteligente de cuidar da manutenção é considerar uma das alternativas de planos de manutenção, antes disponível somente para caminhões e que já é oferecido para ônibus. Com o plano de manutenção é possível ter previsibilidade de custos e, ainda, ficar mais focado no cliente.
Gestão de pneus - Para se ter uma ideia da importância do pneu, ele pode ser o segundo ou terceiro item na lista dos maiores custos de uma frota. A boa gestão pode garantir que ele dure mais, tenha até três reformas e ajude na redução do consumo de combustível. Por incrível e mais óbvio que pareça, o descuido com a calibragem continua sendo o fator mais determinante e, ao mesmo tempo, não tendo a atenção necessária. A melhor forma de fazer o correto gerenciamento de pneus é conversar com o fornecedor. Eles contam com especialistas para dar dicas e a avaliar o que deve ser feito em razão o modelo de ônibus e percurso, considerando as características de tipo de piso da rota. Com uso das tecnologias, conseguem visualizar e comprovar onde estão os pontos altos e baixos do desempenho dos pneus do frotista e onde é possível melhorar o rendimento dos pneus.
Com essas dicas, você poderá ter controle dos principais custos de uma frota de ônibus. Fica ligado aqui no blog Busclub que sempre traremos novidades.