Como entrar no ramo de fretados

Investir em um ônibus ou em uma frota para fretamento pode ser um bom negócio, já que, cada vez mais as empresas buscam segurança e o conforto em seus deslocamentos.

Mas antes, vamos passar aqui algumas dicas de como funciona e os cuidados necessários, pois é uma atividade bastante regulamentada pelos órgãos públicos. A ideia é não esgotar o assunto, pois a legislação muda entre os estados do País e entre os munícipios.

Primeiro é importante definir a região de atuação, o público alvo e, depois disso, já é possível escolher o modelo de ônibus. Agora se já tem o ônibus, ele já determina alguns desses parâmetros. Basicamente existem duas formas de prestar serviços de fretamento, que explicamos a seguir.

Fretamento contínuo e eventual

O fretamento contínuo tem origem e destinos pré-definidos e é o feito por empresas que contratam o ônibus para buscar e levar os funcionários delas, por universidades para os alunos (é diferente de transporte escolar), entre outros. Geralmente é um contrato de longo prazo.

O fretamento eventual é um contrato para cada ocasião. E os motivos são os mais diversos possíveis, como uma excursão religiosa, de férias, familiar, grupos de amigos, turismo receptivo, transfer de hotel, city tours, viagens a lazer, shows ou eventos esportivos etc.

As normas e licenças

O primeiro órgão a procurar para conhecer as normais mais atuais é a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). No site www.antt.gov.br há todos os passos para começar uma atividade de fretamento. Vá na aba passageiros > e serviços fretamento.

Lá, você vai encontrar a legislação sobre fretamento, como e locais por estado para cadastrar o motorista, veículos, sistema de autorização por viagem, e os passageiros, que precisam ser cadastrados também.

Tudo isso é necessário tanto para fretamento continuo quanto por ocasião. Baixe lá o manual e fique por dentro desta parte da burocracia, pois a ANTT é o principal órgão regulador e fiscalizador do transporte de passageiros e são bastante rigorosos. O bom é que, atualmente, é possível fazer quase tudo pela internet.

Mas não pense que a burocracia acabou. As licenças podem ser necessárias em até cinco esperas. Vamos pegar um exemplo para ficar mais claro: fretamento turístico em São Paulo. Depois atendidas as exigências da ANTT, tem a do Estado de São Paulo (Artesp), da EMTU, da SPTrans (município de São Paulo) e do Ministério do Turismo (Cadastur), que explicamos as vantagens deste a seguir.

Dicas para qualificação e financiamentos

Diferentemente das outras burocracias, o Cadastur pode te ajudar. Para ter acesso ao mundo de informações oficiais do governo federal e também estar legal nesta atividade, é importante fazer o cadastro no site www.cadastur.turismo.gov.br. Este programa, do Ministério do Turismo, tem muitas dicas, programas de qualificação profissional, financiamentos pelos bancos oficiais, eventos, feiras e, também, a sua empresa fica lá para a consulta de clientes.

Os vários tipos de ônibus

Definido se o fretamento será somente dentro da cidade, entre cidades próximas, distantes, interestadual ou até internacional, é hora de definir o tipo de ônibus.

Para o transporte em torno de 30 pessoas, o tipo micro-ônibus é o indicado e alguns fabricantes de carrocerias podem oferecer uma diversidade de padrão de conforto e equipamentos, desde uma mais simples, até com poltronas de viagens, ar-condicionado, Wi-Fi, TV, geladeira etc.

No caso de fretamento contínuo, ônibus tipo urbano e intermunicipal, mesmo que seja entre cidades próximas, são bastante utilizados. Podem receber carrocerias com até 54 poltronas e ter diversos itens de conforto, como no micro-ônibus.

Agora, o tipo rodoviário. Aqui o leque de opções é muito grande e as opções de carrocerias também. É bom antes fazer um estudo de qual padrão de serviço quer oferecer, pois as opções partem de um ônibus 4x2, carroceria e poltronas convencionais, até em um ônibus 8x2 de dois andares com poltronas leito ou leito cama.

No padrão mais alto, as empresas procuram oferecer o melhor. Os ônibus rodoviários têm muitas tecnologias embarcadas, principalmente, de segurança, como Top Brake, Retarder, suspensão pneumática controlada eletronicamente, leitor de faixa de rodagem que alerta o motorista se tiver saindo da faixa, monitoramento da pressão e temperatura dos pneus, controle eletrônico de estabilidade, de tração, Piloto Automático Adaptativo, Sistema de Frenagem de Emergência.

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